Quem sou eu

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Não entendo. Isso é tão vasto que ultrapassa qualquer entender. Entender é sempre limitado. Mas não entender pode não ter fronteiras. Sinto que sou muito mais completo quando não entendo. Não entender, do modo como falo, é um dom. Não entender, mas não como um simples de espírito. O bom é ser inteligente e não entender. É uma benção estranha, como ter loucura sem ser doido. É um desinteresse manso, é uma doçura de burrice. Só que de vez em quando vem a inquietação: quero entender um pouco. Não demais: mas pelo menos entender que não entendo. - Clarice Lispector

Desenha-me um sol...

Queria nunca mais me enganar, queria não ter medo de me machucar novamente, de sofrer novamente, de me entregar novamente... Queria ter o dom de superar alguns sofrimentos e seguir em frente, mas a cada dia que passa, esse aperto e as cicatrizes insistem em me lembrar os caminhos que já percorri... Hoje, existir, nada mais é do que um dia após outro, conviver com as imperfeições e lembranças de uma história que não teve fim, ocupando os pensamentos com preocupações exageradas, que antes eram tão corriqueiras, mas que hoje da-se tanta importância afim de distrair o pensamento, mas lembrar é inevitável, as cicatrizes estão aí, são visíveis, para jamais esquecer, como se fosse capaz esquecer algo que não se quer esquecer. Por mais ensolarados que sejam os dias, essa nuvem de melancolia e incerteza teima em sobrevoar os sonhos que até alguns meses atrás pareciam tão reais e tangíveis...


"eu gosto da luz do sol, mas chove sempre agora sem você..."

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