Quem sou eu

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Não entendo. Isso é tão vasto que ultrapassa qualquer entender. Entender é sempre limitado. Mas não entender pode não ter fronteiras. Sinto que sou muito mais completo quando não entendo. Não entender, do modo como falo, é um dom. Não entender, mas não como um simples de espírito. O bom é ser inteligente e não entender. É uma benção estranha, como ter loucura sem ser doido. É um desinteresse manso, é uma doçura de burrice. Só que de vez em quando vem a inquietação: quero entender um pouco. Não demais: mas pelo menos entender que não entendo. - Clarice Lispector

no meio do mundo

"Um edifício no meio do mundo" é um sentimento mutante. Tds já passaram por uma fase assim, é uma mistura de sofrimento, separação, auto-conhecimento, paixão e amor. A verdade é que esse é um sentimento que somente se deve sentir. Como diz uma das minhas poetisas prediletas, Clarice Lispector:

"Quando se ama não é preciso entender o que se passa lá fora,
pois tudo passa a acontecer dentro de nós"

Essa é uma das características de pessoas intensas, pois rotinamente costumam passar por momentos como esse. As pessoas intensas estão suscetíveis à ambíguidade. Ora esse "tudo" representa um sentimento bom, mas que às vzs tb significa solidão... A verdade é que os sentimentos são mutantes, eles se modificam e amadurecem com o tempo, passando por transformações que chegam a nos confundir e interpelarmos sobre o que realmente sentimos em relação à determinada pessoa, coisa ou assunto...

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