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Não entendo. Isso é tão vasto que ultrapassa qualquer entender. Entender é sempre limitado. Mas não entender pode não ter fronteiras. Sinto que sou muito mais completo quando não entendo. Não entender, do modo como falo, é um dom. Não entender, mas não como um simples de espírito. O bom é ser inteligente e não entender. É uma benção estranha, como ter loucura sem ser doido. É um desinteresse manso, é uma doçura de burrice. Só que de vez em quando vem a inquietação: quero entender um pouco. Não demais: mas pelo menos entender que não entendo. - Clarice Lispector

Chuvas de Verão

O tempo se fecha para mais uma precipitação. A cada gota que cai um sentimento aqui cresce. Lava com águas turbulentas as manchas de dor e tristeza. Submerge todo o passado de angústia e desilusões. A ventania arremessa a chuva contra a janela, que parece não querer cessar. Os olhos se fecham assustados com os trovões que enlevam os pensamentos para outro lugar... A escuridão que se fazia sentir pequeno e indefeso dá lugar ao brilho multicolorido de um abraço quente e apertado que traz de volta a sensação de segurança e paz. Um único beijo é capaz de tirar os pés do chão e esquecer de todo o resto. Envolvido por este momento os olhos se abrem. A tempestade passou, águas passadas levaram o abraço e o beijo também... Mas o canto dos pássaros e as cores do arco-íris lá fora indicam dias melhores e não apenas um amor de verão...

Um comentário:

dand disse...

que bom que foi apenas uma chuva de verão, dessas que passa logo, e quando passa, o tempo fica melhor, mais limpo, mais iluminado...e o por do sol ganha o brilho dos olhos do mômô.


Abraços

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